O Vinho do Duriense
- Jimão
- 16 de dez. de 2015
- 5 min de leitura

Conheça melhor o néctar que se produz no Douro.
Quando falamos do vinho do Douro estamos a falar de um vinho que tem milénios de história. Os maravilhosos socalcos desta região foram esculpidos durante os tempos dos reis e já então este vinho era mundialmente reconhecido, embora tivesse dificuldades na exportação devido aos processos arcaicos de armazenamento e preservação. Hoje em dia a história é outra e este vinho encontra-se na mesa de consumidores de todo o mundo.
O vinho do Douro
As sub-regiões
De um modo “grosseiro” convém ter noção de que esta região vai desde Barqueiros até à fronteira com Espanha.
Baixo Corgo: Área total de 40 000 ha, com 14.501 de vinha;
Cima Corgo: Área total de 95 000 ha, com 20.915 de vinha;
Douro Superior: Área total de 110 000 ha, com 10.197 de vinha.
É curioso notar que a sub-região com menos hectares é a que tem mais vinha cultivada em termos de rácio, o Baixo corgo concentra uma extensa área de cultivo de vinha que posteriormente vai ser utilizada para a produção não só de vinho de mesa, mas também o famoso vinho do Porto.
>> Consulte o site do Museu do Vinho para mais informações sobre o Vinho do Douro.
Posicione-se no mapa abaixo, sobre o que leu:
Quais são as principais castas de vinho cultivadas na região demarcada do Douro?
As tintas
TINTA AMARELA:
Esta é uma casta sensível, se apanhar chuva apodrece facilmente e é por esse motivo que esta casta é preferencialmente utilizada em regiões muito secas, quentes e com níveis de pluviosidade muito baixos. No entanto os vinhos obtidos a partir deste vinho são ricos em cor com registos frutados e vegetais, ligeiramente alcoólicos e com boas condições para o envelhecimento. É cultivada não só no Douro mas também no Alentejo.
Aspetos Positivos
Cor rica
Boas condições para o envelhecimento
Rica em aroma
Aspetos Negativos
Sensível a doenças
Apodrece facilmente com chuva
Regionalmente limitada
TINTA BARROCA:
Esta é uma casta quase exclusivamente cultivada no Douro e utilizada principalmente na utilização dos vinhos do Porto. Goza de uma extensa popularidade entre os produtores devido à sua facilidade no cultivo e em termos de produção. O grau alcoólico destes vinhos costuma ser elevado. São fáceis de beber e de taninos suaves.
Aspetos Positivos
Fácil cultivo e produção
Fácil de beber
Taninos suaves
Aspetos Negativos
Geralmente pouco equilibrados
Geralmente pouco concentrados
TINTA RORIZ:
Aspetos Positivos
Fácil adaptação a diferentes climas e solos
Aumento do cultivo em várias regiões do país
Boas condições para envelhecer
Resistente à oxidação
Aspetos Negativos
Requer produção controlada
TOURIGA FRANCA:
Aspetos Positivos
Considerada uma das melhores castas para produzir vinho do Porto
Bastante resistente a doenças
Produções regulares
Cor intensa e bastante frutado
Aspetos Negativos
Sem pontos negativos
Inicialmente esta casta era cultivada no Dão, mas rapidamente foi expandida à região do Douro para a produção do vinho do Porto (Touriga Nacional).
TOURIGA NACIONAL:
Aspetos Positivos
Casta nobre e muito apreciada em Portugal
Elevada concentração ode açúcar e aromas
Bastante equilibrados
Boa capacidade de envelhecimento
Aspetos Negativos
Casta de pouca produção
Cachos abundantes mas pequenos
TINTO CÃO:
Aspetos Positivos
Possui ótimas características para a produção do vinho do Porto
Muito utilizada na produção de vinhos de lote
Origina vinhos florais e aromas delicados
Muito resistente à podridão e a doenças
Suporta temperaturas muito elevadas
Aspetos Negativos
Pouco produtiva
Agora as brancas.
MALVASIA FINA:
Aspetos Positivos
Produção regular
Aspetos Negativos
Não tolera temperaturas muito altas
Sensível à podridão e algumas doenças e pragas
VIOSINHO:
Aspetos Positivos
Boa qualidade para produzir vinho tranquilo e porto
Origina vinhos bem estruturados, frescos e de aromas forais complexos
Capaz de envelhecer em garrafa durante vários anos
Aspetos Negativos
Produção fraca. Por isso pouco cultivada
Bastante sensíveis à podridão
GOUVEIO:
Aspetos Positivos
Famosa pelo vinho da Madeira
Vinhos bastante aromáticos e equilibrados
Aspetos Negativos
Sem pontos negativos
Com o desenvolvimento das exportações de vinho do Porto iniciou-se a prática de lhe adicionar aguardente. Assim, o vinho resistia inalterado à viagem no mar e a paragem da fermentação com a aguardente tornava o vinho mais adocicado e apropriado ao gosto do mercado inglês.
Sobre o Vinho do Douro
Um tesouro que cresce nas escarpas áridas de um rio pertencente a uma nação de grandes conquistas. Detentor do título do melhor vinho do mundo.
O Vinho do Porto é obtido a partir de vinhas cultivadas nas regiões mais áridas e próximas do rio. Já o vinho de mesa nas áreas mais frescas…
É na zona do Pinhão que os vinhos atingem altos níveis de concentração de açúcar, sendo uma área perfeita para a produção de Vintages. A região do Douro é rodeada pela serra do Marão e Montemuro. Este rio assim como os seus afluentes, como por exemplo o rio Tua e o Corgo correm por vales profundos e a maior parte das plantações encaixam-se nas bacias hidrográficas dos rios.
Na sua generalidade os solos do Douro são xistosos mas como há sempre exceções também podemos encontrar solos graníticos, duros e difíceis de trabalhar, no entanto possibilitam que a vinha dure mais tempo originando assim mostos mais concentrados de açúcar e cor.
As castas utilizadas nesta região declarada pela UNESCO como património da humanidade não são propriamente reconhecidas pela sua produção elevada, mas têm uma história secular. Por exemplo, algumas castas provém da época da ordem de Cister, na idade média.
Foi feito um estudo sobre as melhores castas para a produção de vinho do Douro e Porto e chegou-se à conclusão que as melhores das melhores são:
TINTO
Touriga Nacional
Touriga Francesa
Tinta Barroca
Aragonez (Tinta Roriz)
Tinto Cão
Trincadeira
Souzão
BRANCAS
Malvazia Fina
Gouveia
Rabigato
Viosinho
MOSCATEL
Moscatel Galego
As temperaturas aconselhadas para consumir um vinho Douriense.
Temperaturas aconselhadas
Tintos jovens 13 a 15 °C;
Tintos de Guarda (reserva/grande reserva) 16 a 18 °C;
Brancos jovens 8 a 10 ºC;
Espumantes de guarda 12 °C.
Vinhos rosé 10 a 12 °C.
Compatibilizações gastronómicas
Tintos jovens | Pizzas, bacalhau, massas, pratos de carne pouco elaborados
Tintos de Guarda | Carne vermelha, carne assada com condimentos fortes. Quando envelhecidos são recomendados para pratos de caça.
Brancos jovens | Peixe, saladas e como aperitivos.
Brancos de guarda | Peixe gordo (Salmão ou Bacalhau), frango e coelho com molhos suaves
Vinhos rosé | Podem ser servidos como aperitivo no verão, conjugam com comida de fusão e a oriental (sushi, Indiana, “Thai”).
Algumas das marcas de Vinho Tinto
Algumas sugestões para acompanhar o vinho tinto


Fontes
Museu do Douro | relativamente às regiões demarcadas - http://www.museudodouro.pt
IVDP | Sobre as castas – www.ivdp.pt
CCT | Porto Digital – Sobre as características das castas - http://cct.portodigital.pt
Infovini | Sobre o Douro - http://www.infovini.com
DMS | Sobre o vinho do Porto – www.dariomatossa.com
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O Jimão Tapas e Vinhos é um restaurante diferente, é um restaurante que fusiona a cozinha Espanhola com a Portuguesa e quase que se pode encontrar esta harmonia entre as tapas que serve e os pratos principais, no entanto todos os seus vinhos da Região do Douro e claro… Dos Vinhos Verdes… Encontra-nos e encontra os melhores sabores da cidade invicta.
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